Depois de começarmos um ano com boas notícias relacionadas ao futsal, deparamos com a sombra do patrocínio para manter uma equipe na elite do futsal. Apesar de pouco mais de dois anos, o POA FC, conseguiu lançar jovens jogadores do anonimato, para as equipes tradicionais do futsal gaúcho . Ao receber o telefonema do Renato Camarão, nem de longe lembrava o Renato de dias atrás, de sorriso largo, otimista, batalhando e buscando novamente o espaço para o retorno do futsal da capital. Com a voz embargada, comunicava a desistência do POA FC, devido a retirada de patrocínio da família Moreira. Até quando os abnegados, os heróis dirigentes de futsal tem que mendigar junto a uma empresa para conseguir um auxílio financeiro para conseguir manter uma entidade, onde o jovem é treinado para buscar a vitória, mas fica preparado para a derrota. É lamentável que tão pouco (10 a 15 mil), retire o sonho de mais de uma dezena de jovens atletas. (Site do Papito)
“Caros amigos , enquanto estamos falando em sediar a Copa do Mundo e ver a poderosa dupla GRENAL achando pouco os 20, 30 milhões do clube dos 13, o futsal da capital está aí, buscando alternativas para não deixar morrer um excelente projeto que trouxe de volta o futsal de alto nível a capital gaúcha após muitos anos de ausência. Deparamos com uma realidade bem diferente dos clubes das pequenas comunidades que podem contar com atividades sociais (rifas, jantares, bingos, etc) e principalmente o auxílio vital das prefeituras, que muitas vezes na pessoa direta do prefeito e vereadores, tem um torcedor apaixonado pelo esporte e cores do clube. Infelizmente na capital dos gaúchos, sequer uma audiência com o secretário de esportes é possível, que dirá com o prefeito, que por aqui é muito mais uma figura política-ilustrativa que realmente um representante da comunidade. Ginásio para treinamento, transporte e até auxílio financeiro são vitais para muitos clubes do interior, enquanto na capital para conseguir o Ginásio Municipal ou qualquer outro espaço, deve-se pagar um aluguel estratosférico (apesar das péssimas condições de vestiário, segurança e quadra), torcedores no ginásio então, somente familiares (amigos, parentes, curiosos e muitos saudosistas dos tempos do Citadino no Rosário, onde Inter e Grêmio faziam a festa dos torcedores dentro da quadra). Cobrar ingresso ??? uma temeridade e ilusão, ser recebidos por empresários locais em busca de auxílio é quase uma tarefa tão difícil como ser recebido pelo poder público local . Com a triste realidade da capital estamos prestes mais uma vez a não participar com uma equipe da capital em NENHUMA CATEGORIA do estadual 2011 e isso seria muito triste para uma cidade de quase 2 milhões de habitantes. Esforços não estão sendo medidos para conseguir viabilizar uma modesta equipe formada por atletas locais, e na sua grande maioria sub 20, com uma ajuda de custo de somente as passagens para realizar 3 a 4 treinamentos por semana, comissão técnica basicamente de estagiários de educação física, e que mesmo assim é capaz de chegar entre os cinco melhores clubes do estado na Série Ouro e ter o segundo melhor ataque do torneio.
Enfim, uma triste realidade que deveria tocar fundo nas questões sociais e principalmente naqueles que gostam do futsal e acham que assistir um jogo desse apaixonante esporte, é muito mais do que uma atividade esportiva, e sim, um espetáculo dentro da quadra”.
Abraços a todos
Prof. Renato Lopes - Camarão
