Porto Alegre FC Futsal

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Futsal de rendimento está morto na Capital?

Acredito que não. Sempre restará a esperança da dupla grenal (mas, está difícil deles disputarem). Sempre surgirão abnegados, ou ingênuos-sonhadores, ou loucos, como queiram chamar.

Mas, é realmente lamentável para todos que amam o esporte da “bola pesada”, a notícia do encerramento do projeto que vinha sendo conduzido pelo Prof. Renato “Camarão” e Fabio Sanhudo, aqui na cidade de Porto Alegre.

Mas, para que não pairem quaisquer dúvidas, quanto ao esforço de todos no POAFC para que fosse viabilizada a temporada, e que sejam saciadas as dúvidas quanto ao apoio que se é oferecido na cidade, poderíamos começar por questionar as autoridades públicas que tem entre suas funções aquela de gerir e promover o Esporte (inclusive o de rendimento).

Quanto ao Secretário Municipal, Sr. Edgar Meurer, não mantive contatos pessoais, as reuniões foram através do Prof. Renato. Desde já, agradecemos todo o esforço que fez dentro da estrutura municipal para orientar-nos tanto na busca do local para o mando dos jogos (Ginásio Municipal), quanto para a aprovação do Projeto junto ao Proesporte (Lei Municipal 530).

Porém, quanto ao Gerente do Ginásio Tesourinha, Sr. Antônio, estive com o mesmo, para obter os dados para o cadastramento (como um dos prováveis locais do mando de quadra) do ginásio junto à FGFS. Na ocasião, o Prof. Renato e o Secretário Meurer, haviam tido uma reunião poucas horas antes com o Gerente do Ginásio. Como estávamos todos no POAFC “correndo” em busca de apoios/patrocínios, houve uma falha na comunicação, e fui até o Ginásio Tesourinha para obter os dados para o cadastro. Estando lá, fui informado pelo Gerente que havia ocorrido a referida reunião, e que havia sido esclarecido que o Ginásio não teria condições legais para atender os jogos do POAFC. Que, para as adaptações às exigências de aprovação dos laudos do Corpo de Bombeiros e Brigada Militar, e outras, advindas do Estatuto do Torcedor, seriam necessários R$ 400 000,00 em reformas.

Ora, isso é um atentado contra a inteligência mediana. Como podem deixar que o patrimônio público seja tão depredado, a tal ponto? Porém, surgem dúvidas e questionamentos quanto a tal afirmação. A primeira é sobre se esse é o valor real de tal reforma, e o segundo é como que para cultos religiosos (há uma determinada Igreja que realiza todos os anos, dois dias inteiros de culto, pagando uma taxa de uso pelo espaço, não sei o valor, mas posso fazer um esforço para obtê-lo), e festas como a escolha da Rainha do Carnaval o espaço passa pela aprovação dos laudos do Corpo de Bombeiros e Brigada Militar? Ou para esses eventos não são necessários/exigidos tais aprovações?

Acompanhei o Prof. Renato em reunião junto a Fundergs. Lá, fomos informados que a Fundação passa por reformas administrativas, principalmente quanto a forma de repasse de recursos a projetos. No entanto, um comentário me preocupou: o de que estariam estudando uma possibilidade de ser enviado um projeto de lei semelhante à do Proesporte da Capital. Percebo que se tivermos a captação de patrocínios/apoios da Fundergs neste formato, aí mesmo que daremos adeus a qualquer possibilidade de alavancar projetos esportivos na Capital, salvo àqueles atletas/clubes que dispõem de um mínimo de cobertura jornalística em TV.

Já havia conversado com o Prof. Zeca Brochier, a esse respeito, sendo que a proposta mais razoável seria a da Fundergs gerir um fundo obtido pelo repasse das diversas empresas que tenham interesse de fomentar o esporte (nas suas diferentes dimensões), ao mesmo tempo com algum incentivo tributário. E que a captação dos recursos ocorresse diretamente junto à Fundergs (através de editais – a informação obtida na reunião na Fundação é que seriam abertos editais entre maio e junho deste ano, mas ainda estudavam qual a mecânica do processo, e nesse momento é que surgiu o comentário de que fosse algo semelhante à Lei Municipal).

Sobre o Proesporte municipal. É relativamente fácil a aprovação do projeto junto ao CMD (Conselho Municipal de Desporto), porém, a fase crítica é a captação de empresas. Muitas dessas “fogem”, pois numa das etapas para que sejam efetivados os acordos de patrocínios a empresa necessita obter um registro na Secretaria Municipal da Fazenda (SMF) indicando que não existem quaisquer pendências, e o que ocorre no mundo real, é que muitas empresas tem como praxe negociar abatimentos para regularizarem impostos devidos.

A todos, seria importante que buscassem algum esclarecimento junto a esses agentes públicos, para que sejam informados, de fato, o que ocorre. Uma coisa é dizer a um dirigente que não poderá ser utilizado tal espaço, por que precisam reformá-lo a um custo exorbitante, outra, muito diferente, é apresentar isso publicamente ao segmento esportivo, na qual a notícia repercutirá rápida e amplamente.


Paulo Bernardes
Ex-Supervisor POAFC


Contatos para checagem das informações.
Secretário
José Edgar Meurer
(51) 3289-4852
edgarmeurer@sme.prefpoa.com.br

Gerência do Ginásio Tesourinha
Antônio Fontoura
(51) 3289-8302
Antonio@sme.prefpoa.com.br

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